25‏/8‏/2005

Não estou bem. E isso é tudo... Sinto saudades da minha pacata vida, sinto culpa, mesmo sendo diagnosticada qualquer isenção em tudo o que aconteceu. Sinto saudades das noites sentadas no colchão jogado no chão, assistindo qualquer coisa boba, sentindo, por vezes, um fio de fumaça que serpenteava o quarto. Saudades de ter com quem reclamar das coisas bobas da vida. de poder falar o que quisesse, da forma que quisesse. De trás pra frente, cortando, abrindo parênteses, e ainda assim me fazendo entender. Saudades de coisas bobas, como escolher a roupa pro sábado a noite ou passar horas na 2001 e não escolher nada. Agora não tenho mais escolha. Essa é a vida que me foi imposta. A condição do jogo é essa, eu já começo sem peças. E pelo caminho vou deixando minhas fichas, apostando, perdendo, apostando, investindo... mesmo achando que o jogo não vai ter resultado positivo. E isso é tudo, sinto falta, muita falta.

24‏/8‏/2005

fura o dedo, faz um pacto comigo

ontem fomos ao show da bebel gilberto. Pra dizer a verdade, fui mais pela experiência, mesmo, já que custou R$7,50 (sim, sete reais!!!) com direito a coquetel ao final do show, microfonia e uma caixa com tweeter problemático. desconsiderando esses fatores e me atendo ao que realmente interessa, ela canta bem pra caralho... e mesmo com aquelas músicas que não dizem nada num vazio imenso da solidão (tipo eu quero quebrar suas xícaras, manja??) há uma série de mensagens inseridas nas letras e nos sons criados pelo percussionista dela, que realmente levam a gente à uma outra dimensão. e por mais que já tenha ouvido isso, (e nunca dado atenção, verdade seja dita) ontem tive uma outra reação: eu simplemente não queria que essa música acabasse...era como um segundo meu, com coisas minhas, que vocês podem entender ou não, mas realmente era um segundo mais feliz...

O nosso amor não vai parar de rolar
De fugir e seguir como um rio
Como uma pedra que divide o rio
Me diga coisas bonitas
O nosso amor não vai olhar para trás
Desencantar nem ser tema de livro
A vida inteira eu quiz um verso simples
Prá tranformar o que eu digo
Rimas fáceis, calafrios
Fura o dedo, faz um pacto comigo
Um segundo seu no meu
Por um segundo mais feliz