30‏/12‏/2005

um beijo na realidade

o querido amigo Eduardo Castor me presenteou com um livro meio auto-ajuda, meio ficção sobre a necessidade de encarar a realidade.
Como previsto, depois de um ano e hibernação, acordei super feliz e pronta para tocar minha modesta vidinha, aprendendo, dividindo, rindo, chorando, e o mais gozado disso tudo é já saber que o caminho não será feito só de floers e tendo plena ciência disso ainda acreditar no caminho, ainda ganhar o chão e tocar a vida. Afinal, vida que segue.
São metas minhas para 2006 (mesmo que não as conclua):
Ingressar o mestrado
Continuar com a confecção
Estudar francês
Fazer yoga
Tirar minha habilitação
Emagrecer cinco quilos
Cuidar da minha celulite (que está catastrófica)
Montar o atelier
Bem, há uma série de outras coisinas que gostaria muito que rolassem, mas sinceramente não vou mais ficar me iludindo com esperanças de tornar minha vida melhor se conquistar isso, aquele ou aquilo; tampouco crer num príncipe encantado que virá um dia num lindo cavalo branco ou que seremos felizes, ou que existirá um príncipe (quem garante?)... pelo sim, pelo não, prefiro tocar minha vidinha com meus recursos
um bom ano pra todos nós ;)

28‏/12‏/2005

oposto do sexo

quem me conhece sabe bem que sex appeal tampouco figura nos meus parcos atributos de sedução. Não que eu seja assexuada ou oriunda dum planeta onde os seres só se reproduzam por meio de osmose. O lance é que dadas as minhas medidas, qualquer gesto too girlie pode soar beeeeeeem ridiculo, ou pior, mais assustar que excitar o partner.
Pois eis que eu, por tanto tempo intimamente soziha (sem entrar aqui em maiores detalhes) e há um ano ionteiro sem me relacionar (isso mesmo que você entendeu, trepar) com alguém, resolvo abrir meu coração - e as pernas também, literalmente - e dividir minhas angústias de insatisfação (essa solidão que o sexo sacia, que o carinho, o gozo e a sedução satisfazem) com um possível partner.
Não que nós não nos interessássemos por sexo, muito pelo contrário. Cada qual ao seu modo, tinha seus desejos mais intrínsecos, seus brinquedos, possivel partner, eu não poderia sair rolando pela grama barreada de brasília, com as ancas enganchada em suas pernas. Mas teria de ser muito política e saber muito bem manusear as doces armas da sedução, pois dadas as
situações de minha vida ultimamente, a chance de o tiro sair pela culatra era certa, e eu não me sentia muito segura em relação a esse tipo de assunto. Então munida muito mais de coragem que esperteza, eu resolvo convidá-lo para dormir em casa.
Infelizmente, eu não vim com o chip que discerne amor do sexo, então não consigo separar as duas coisas, não fico com a cabeça legal, o que é uma bosta, porque você perde ótimas chances de ter um sexo maravilhoso e perde melhores chances ainda de calar a boca na hora certa e transformar um delicioso amigo em marido, namorado ou qualquer coisa mais séria. Mas não; eu tinha de tentar e a chance era fifty fifty.
Como nossa amizade era algo confuso, lotada de sentmentos embolados na minha cabeça e bichos mil no meu imaginário, eu achava que tratando naturalmente a situação, as coisas desenrolariam numa boa, e não soaria vulgar, e que dessa vez eu não complicaria as coisas e com muita sorte, eu pudesse até conquista-lo...
Mas o que recbi foi uma bronca, daquelas dignas de bedéis de colégio. Quando perguntada se eu só pensava em comê-lo, ruborizei na hora e meu coração disparou. De nada adiantaria explicar-lhe que por noites e dias sonhara com aquilo, nem que era uma prostituta vil, alucinada por noites insaciáveis. paciência... que isso me garanta mais dois anos sem sexo. Eu que aprenda a seduzir melhor, e usar as palvras certas não nas piores horas.

27‏/12‏/2005

como disse Voltaire, o que é preciso é cultivar noso jardim

Nesse novo ano, não quero cultivar coisas ruins dentro de mim. Há quanto tempo não cuidava de mim mesma? não cuidava meu corpo, não gostava de mim? Porra, eu trbalho com imagem, com o belo (ok, dentro duma determinada esfera, digamos visual) e ontem me dei conta dde quanto tempo perdi cuidando da vida alheia... porquwe o namorado não gostava disso, porque o namorado não gostava daquilo, porque o amigo prefere isso, e na verdade fui esquecendo de mim... das minhas vontades, dos meus desejos... era uma coisa que imperciptivelmente foi me dominando.
Então, nesse ano, cuidarei do meu jardim! Cuidarei da minha pele, do meu corpo... da minha alma, da minha saúde, comerei menos, caminharei mais, amarei ao próximo mais, perdoarei mais, esquentarei menos e tentarei ser mais feliz. Porque sinceramente, hoje, quem me interessa sou eu mesma.